SOBRE A CHAPADA

A Chapada dos Veadeiros é uma formação geológica estimada em mais de 1 bilhão de anos. Caracteriza-se pelo cerrado de altitude, cujo relevo foi sendo escavado pelo tempo, formando uma grande quantidade de quedas d'água. É uma região de extrema importância ecológica por abrigar nascentes de águas cristalinas, além de uma fauna e flora de extensa biodiversidade.

Situada no estado de Goiás, engloba 8 municípios; São João D'Aliança, Alto Paraíso de Goiás, Teresina de Goiás, Monte Alegre de Goiás, Campos Belos, Cavalcante, Colinas do Sul e Nova Roma.

Todos foram beneficiados com os reconhecimentos oficiais da região como área de preservação ambiental, por meio da criação da Reserva da Biosfera Cerrado e do reconhecimento do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros como Patrimônio Mundial Natural da Humanidade em 2001. Turistas de vários lugares do mundo visitam a região, principalmente de maio a outubro, período de pouca chuva e quando o Cerrado, um dos ecossistemas tropicais mais antigos e diversificados do mundo, vive o esplendor de sua natureza. Além dessa riqueza natural, a Chapada também abriga culturas ancestrais, importantes por seu conhecimento do Cerrado e por suas festas tradicionais que igualmente atraem muitos visitantes.

SOBRE SÃO JORGE

A história do Povoado de São Jorge é uma história de resistência, que vem da época dos garimpos de cristal. Quem chega na vila pela primeira vez e vê o povoado charmoso à espera dos visitantes não imagina a história de luta de muitas mulheres e homens para estabelecer a comunidade que hoje representa as raízes da cidade. Entre o final da década de 40 até o início dos anos 80, quando começa a atividade turística na região, foram muitos altos e baixos na procura pelo cristal. Entre idas e vindas do movimento de garimpo, algumas famílias foram se estabelecendo e fazendo lavoura. Gente guerreira, pois a vida no garimpo era bem dura; as estradas de chão eram precárias, não havia luz elétrica ou meios de comunicação. O poder público nem vinha nessas paragens com tão poucos recursos.

A liderança comunitária, então, arregaçou as mangas e construiu a igrejinha e a escola, em volta das quais se estabeleceu o que é hoje o povoado de São Jorge. Conhecida até então como Baixa, os próprios moradores batizaram o povoado no final da década de 50, quando ganharam uma imagem de São Jorge trazida por um comprador de cristal que morava em São Paulo.

Na década de oitenta, o cristal perdeu o preço de vez e a atividade ecoturística foi tomando espaço. E em 1991, quando o parque foi cercado e o garimpo proibido de vez, os garimpeiros que ainda resistiam viraram os primeiros guias turísticos da região e agentes de preservação do Parque Nacional, que um dia foi a casa e o trabalho deles. Outros viraram donos de restaurantes e pousadas que até hoje recebem os turistas de braços abertos. Uma história muito bonita que ainda está por ser contada.

Com o crescimento da atividade turística, o povoado também cresceu e abriga hoje quase dois mil moradores, além de receber milhares de visitantes nos feriados, vindos principalmente de Brasília, que está a 260 km. Única entrada para o Parque Nacional, reconhecido pela Unesco como Patrimônio Natural da Humanidade, São Jorge é voltado para a recepção dos visitantes e conta com pousadas, restaurantes, bares, lanchonetes, além de uma casa de cultura, referência nacional em culturas tradicionais. Além do Parque Nacional, existem muitos atrativos particulares que recebem visitantes. São mais de 40 pontos de visitação só em volta do Distrito. Alto Paraíso, sede do município, também possui uma forte estrutura turística com muitas cachoeiras ao seu redor. Por causa de seu relevo, a região da Chapada dos Veadeiros é a maior concentração de quedas d'água do País, além de abrigar comunidades voltadas para a preservação ambiental e a prática de terapias alternativas.